Criar o projeto Escrevivências: narrativas LGBTQIAPN+ foi um gesto de cuidado, escuta e afirmação. Um espaço sonhado e realizado para que jovens LGBTQIAPN+ da periferia pudessem escrever suas histórias com liberdade, sensibilidade e potência.
A proposta foi aprovada pelo edital da Lei Paulo Gustavo da Secretaria da Cultura da Prefeitura de Fortaleza, o que tornou possível transformar esse sonho em ação concreta. Realizado na Livro Livre Curió – Biblioteca Comunitária, o projeto foi voltado para jovens de 18 a 29 anos, moradoras do Curió e de bairros vizinhos como José de Alencar, Lagoa Redonda, Guajeru, Sabiaguaba e Paupina.



Durante oito encontros formativos, vivemos um laboratório de leitura, escrita e partilha. Criamos um espaço seguro para trocar vivências, produzir literatura e fortalecer vínculos. Ao fim do processo, lançamos uma publicação coletiva com textos autorais e celebramos com um sarau aberto ao público.
Seis jovens foram selecionadas para participar do projeto e receberam uma bolsa de R$ 400 como apoio aos custos durante o percurso.
O Escrevivências nasceu do território e voltou para ele em forma de palavras que curam, denunciam, criam mundos. É um projeto que afirma a força das vozes dissidentes e periféricas, e o direito de cada pessoa a contar sua própria história.